terça-feira, 2 de agosto de 2011

A GALINHA DA VIZINHA BRIGOU COM O CACHORRO DO VIZINHO


No domingo à noite vi uma reportagem no Fantástico onde uma deputada  estadual Luiza Maia (PT)  criou uma lei que proibia as músicas de duplo sentindo no estado da Bahia. Seu argumento era que essas canções denigrem as mulheres. A decisão – aparentemente com boa intenção – fere a liberdade de expressão. A maioria das músicas baianas tem mesmo uma dubiedade, porém não vejo motivo para tal pedido. O que dizer então dos funks? Essas letras sim são totalmente aculturais e agridem a moral das pessoas – pelo abuso das palavras de baixo calão; além emburrecer e desencaminhar. – A juventude está perdendo a noção do que é musica de qualidade. Um grupo que fez um estrondoso sucesso foi o grupo “Mamonas Assassinas”. Eram irreverentes, letras com duplo sentido e até mesmo algumas sentenças gramaticais erradas; porém eles sabiam o que estavam fazendo e as músicas tinham qualidades. Era apenas diversão. Outro grupo também que usa a duplicidade  é o Ultraje a Rigor. Porém há denúncia, bom-humor e ironia – aí e que está à grande diferença. Mas discutir gostos musicais é complicado demais. O que devia acontecer era uma educação musical. Mostrar-lhes os cantores que sofreram com a ditadura.  Censurar? Melhor é ficar com a música de Caetano Veloso. “É proibido proibir.” 

O1/O8/2O11