sexta-feira, 2 de março de 2012

FAZER O BEM É BOM SEMPRE






Cada dia parece mais difícil viver num mundo conturbado onde a violência e o egoísmo imperam. Nunca a morte esteve tão evidente, os crimes passionais, as taras, incesto, estupro, pedofilia, furtos, latrocínio, homicídio, extorsão, assédio, charlatanismo, os vícios – crack, oxi, cocaína, maconha – que assolam e devastam dos jovens aos mais velhos, o alcoolismo, tabagismo, egotismo, consumismo desenfreado. As consequências dessa agitação toda: Transtorno bipolar, depressão, gastrite, enxaqueca, anorexia, bulimia, hipertensão, diabetes, labirintite, ejaculação precoce, ninfomania, frigidez, culpa, ansiedade, azia, enfim. Um caos, uma celeuma, uma confusão. O amor que se procura desesperadamente, a angústia que aumenta um vazio – levando muitos ao suicídio. E, muitos, vendo esse quadro, acham que é o fim. A esperança foge, a compaixão se esconde a amizade hoje é fast e descartável. Os vínculos enfraquecem e se partem. Porém, em meio ao nevoeiro da indiferença, às trevas do materialismo, o frio do cepticismo, uma luz brota. Ainda existem pessoas com amor suficiente para se preocupar com o próximo. Tantas Instituições, asilos, casas de repousos e recuperação. Pessoas preocupadas com o meio ambiente, com os animais. Essas demonstrações de afeto e caridade, é que alimentam a parca esperança nos Homens de boa vontade. 






Ainda existem – ainda bem – muitas pessoas bem-intencionadas e honestas. Claro que – ultimamente – o número de maus-caracteres cresce assustadoramente. Escrevo essa crônica após ter visto a comemoração do aniversário de uma apresentadora desses programas diários, onde ela ajuda uma Instituição. Muito bom exemplo. Sei que muitas pessoas abastadas ajudam, mas quem vem de baixo – da periferia, da pobreza – parece colaborar mais, pois sabe o que é passar necessidade. Então façamos o bem! – Sempre! Pois é um bálsamo para quem recebe e um prazer indescritível para a alma...

   

06-07/07/2011

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

FILOSOFIA DO CAFÉ






Para a amiga Milla Pereira

Não vou falar aqui dos benefícios ou malefícios do café. Quero falar sobre seu perfume quando invade o ambiente, das recordações que ele traz. Ele reúne os amigos, participa dos negócios, encerra um almoço de domingo, guarda bons momentos na memória olfativa – como às vezes em que eu ia comprar café moído na hora na padaria, por exemplo. Tem cheiro de fazenda, interior. Das tardes chuvosas de São Paulo. Lembro-me das manhãs, quando menino, em que minha mãe fazia a bebida. Às vezes fazia um cuscuz de milharina, ou cozinhava batata-doce, inhame ou cará, e comíamos com manteiga. Ou mesmo às noites em que minha tia chegava e ficávamos madrugada adentro conversando sobres suas memórias quando meninas, e dos momentos atuais também. Muitos devem ter sua história ao inalar o cheiro do café. As minhas recordações são dos domingos de manhã. Lembro-me também das tardes com meus primos.
Com minha prima fui ao MC’café. Com minha irmã fui Ofner. Com meu primo fui ao Fran’s Café. Com um amigo e médico Café Floresta. Com a Milla na padaria Santa Ifigênia, na Benjamim Abraão e na Bela Paulista – porém nossa padaria mesmo é  a Santa Ifigênia. Com a família – que compreende meu sobrinho, meu cunhado, minha irmã e meu sobrinho – na Canaã. Enfim tantas manhãs e tantas tertúlias que esse aroma tras...

22/11/11